Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil
Inflação medida pelo IPCA-15 desacelera a 0,21% e fica abaixo das projeções em abril 26 de abril de 2024 | 09:35

Inflação medida pelo IPCA-15 desacelera a 0,21% e fica abaixo das projeções em abril

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A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) perdeu força em abril e desacelerou a 0,21%, após marcar 0,36% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa de 0,21% é a menor para o quarto mês do ano desde 2020 (-0,01%). À época, a economia brasileira sentia os impactos iniciais das restrições da pandemia, o que dificultava o consumo fora dos lares.

O novo resultado surpreendeu o mercado financeiro ao ficar abaixo da mediana das previsões. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,29% em abril.

Com o novo resultado, o IPCA-15 atingiu 3,77% no acumulado de 12 meses. Nesse recorte, a taxa era de 4,14% até março.

Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para os preços no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também calculado pelo IBGE.

O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil. Serve como referência para o regime de metas do BC (Banco Central).

A coleta dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Neste caso, março e abril, respectivamente.

Já a coleta do IPCA se concentra no mês de referência do levantamento. Por isso, o resultado de abril ainda não está fechado. Será divulgado pelo IBGE no dia 10 de maio.

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC é de 3% nos 12 meses de 2024. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos ou para mais. Ou seja, a medida será cumprida se o IPCA ficar no intervalo de 1,5% (piso) a 4,5% (teto) no acumulado deste ano.

O mercado financeiro projeta que o índice oficial fechará 2024 em 3,73%, conforme a mediana da edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na terça (23). A previsão está abaixo do teto da meta deste ano (4,5%).

Leonardo Vieceli/Folhapress
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