Prefeitura de Itapetinga entrega primeiro hospital municipal da história da cidade

A Prefeitura de Itapetinga inaugurou nesta quarta-feira (21) o primeiro hospital municipal da história da cidade, localizada no Sudoeste da Bahia. A unidade de saúde, que conta com 51 leitos, atenderá a 22 especialidades médicas, entre eles pediatria, obstetrícia e maternidade. O equipamento também conta com uma policlínica para a realização de exames, além dos serviços de pronto atendimento e de toda a ala materno infantil.

A unidade foi implantada após a prefeitura ter realizado requisição administrativa para utilização da estrutura do Hospital Santa Maria, que estava fechado desde 2013, e será especializada na área materno infantil. O equipamento leva o nome da ex-vereadora da cidade e ex-deputada estadual Virgínia Hagge, que faleceu em 2020. Ela era filha do ex-prefeito e ex-deputado Michel Hagge e mãe do atual prefeito da cidade, Rodrigo Hagge (MDB).

Em seu discurso, Rodrigo Hagge lembrou os desafios enfrentados pelo município nos últimos anos, como as enchentes e a pandemia, e afirmou que o hospital materno infantil era uma reivindicação de sua mãe. O prefeito citou o imbróglio judicial enfrentado com a Fundação José Silveira, que administrava o único pronto-socorro da cidade até então. A gestão municipal foi à Justiça para garantir a continuidade do atendimento.

“Eu entendi que Itapetinga não podia ficar refém de uma única unidade hospitalar, de uma unidade hospitalar onde as gestantes chegavam e eram obrigadas a entrar em uma ambulância e subir para a Vitória da Conquista ou outras cidades. E aí começamos a verificar as instalações do antigo Hospital Santa Maria. Fizemos a requisição administrativa e hoje estamos entregando esta bela unidade hospitalar”, afirmou.

O novo hospital atenderá também aos municípios do Médio Sudoeste. “Em cada canto desse hospital tem carinho, dedicação, esforço e apreço para a nossa comunidade. Essa unidade de saúde não apenas vai qualificar muito o atendimento às pessoas, mas principalmente vai garantir dignidade à população e suprir uma lacuna na nossa cobertura hospitalar”, disse.

Estrutura – O hospital conta com quartos equipados para receber e acompanhar a parturiente durante os estágios pré-parto, parto e pós-parto, com todos os equipamentos de apoio, espaço para deambulação e acompanhamento da família e profissionais de saúde, além do constante monitoramento materno e fetal.

O centro cirúrgico também está pronto para oferecer segurança durante o nascimento dos bebês. A ala neonatal está equipada para promover com eficiência a estabilização dos recém-nascidos que precisarem de incubadora, fototerapia e assistência ventilatória. A ala pediátrica oferece atendimento ambulatorial e internamento para crianças e adolescentes até 14 anos. Seus espaços foram decorados especialmente para oferecer a tranquilidade e o conforto necessários para atender bem as crianças e os adolescentes.

O novo espaço abarcará, ainda, a policlínica municipal. Criada na primeira gestão do prefeito Rodrigo Hagge, a policlínica municipal passou a oferecer especialidades médicas que promoveram a redução de filas e de viagens para atendimentos em outros municípios. Algumas das 18 especialidades foram oferecidas pelo SUS pela primeira vez em nossa cidade. Agora, a policlínica recebe um ambiente maior e mais confortável, capaz de realizar cerca de 3.000 atendimentos por mês.

Homenagem – O hospital leva o nome de Virgínia Alice Almeida Hagge, filha do ex-prefeito de Itapetinga, Michel José Hagge Filho e de Iracema Almeida Hagge. Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Virgínia sempre teve atuação firme no município, seja na sala de aula ou participando diretamente dos destinos políticos do nosso município.

Em 2004, foi eleita vereadora. Entre 2005 e 2006 foi presidente da Câmara Municipal. Em 2007, foi eleita deputada estadual. Em 2012, ela assumiu o cargo de Superintendente Federal de Agricultura da Bahia. Em Itapetinga, Virgínia foi diretora da Biblioteca Municipal, secretária municipal de Cultura, Chefe de Gabinete e professora. Virgínia faleceu em 2020, aos 56 anos.