Foto: Divulgação/Arquivo
Capitão Alden, Diego Castro Raíssa Soares 01 de novembro de 2024 | 12:14

Briga no PL da Bahia: Capitão Alden, Diego Castro e Raíssa Soares reagem após ataques de Eduardo Bolsonaro

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A briga interna no PL da Bahia parece estar longe do fim, com o acirramento da divisão da ala ideológica do partido no ambiente onde costuma ser mais forte: as redes sociais. De um lado estão o presidente da sigla no Estado, João Roma, a esposa e deputada federal Roberta Roma e o deputado estadual Leandro de Jesus. Do outro, o deputado federal Capitão Alden, o deputado estadual Diego Castro e a médica Raissa Soares, candidata ao Senado em 2022. Os três últimos publicaram recentemente vídeos nas redes sociais num movimento articulado de defesa.

A exposição pública do racha teve início com uma publicação no X do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), na qual acusou Diego e Raissa de financiarem a rádio conservadora Brado, de Salvador, que tem feito críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O parlamentar paulista atacou a comentarista Vanessa Moreira, autora das críticas mais duras e que tem uma empresa de comunicação contratada pelo deputado estadual e pela médica. Ela também é mãe de Alexandre Moreira, assessor de Diego e candidato derrotado a vereador de Salvador este ano apoiado também por Raissa e Alden.

Esta semana, Eduardo Bolsonaro partiu para cima de Capitão Alden, ao comentar uma publicação do parlamentar baiano contendo uma foto com o ex-presidente. “Se a intenção foi me ‘bypassar’ e dizer que não há problema com ele (Bolsonaro) – mas apenas comigo –, lamento informar: no PSL, outros adotaram esta mesma estratégia e não deu certo. Esta conduta mostra que você não aprendeu nada”, escreveu o deputado por São Paulo, que insiste em associar a ala contrária a Roma no PL baiano ao comportamento da Brado.

Em vídeo no Instagram, Alden admitiu que apoiou a candidatura do filho da apresentadora da Brado, articulando, inclusive, o envio de R$ 250 mil do fundo eleitoral do partido para a campanha de Alexandre Moreira, que recebeu, no total, R$ 500 mil do PL. Apesar disso, ele negou qualquer relação com a Brado. O deputado afirmou que já deu várias entrevistas e foi comentarista da rádio, mas que se distanciou por não concordar com as críticas ao ex-presidente da República. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, ressaltou Alden sobre os comentários de Vanessa e o apoio a Alexandre.

Diego Castro, aliado de Alden, foi na mesma linha. “Querem assassinar minha reputação passando informações mentirosas sobre mim para a família Bolsonaro. Chega a ser loucura e inacreditável. Sempre fui leal ao nosso presidente, bem antes de ser deputado”. Ele culpou “setores da direita” pelo movimento. Diego reforçou, ainda, que “repudia” as críticas da mãe do assessor dele contra o ex-presidente, embora tenha admitido que contrata os serviços da empresa de Vanessa, “que tem 20 anos no mercado”. Tanto ele quanto Alden desmentiram “boatos” de que asseguraram R$ 2 milhões para a Brado.

Nesta sexta-feira (1º), em entrevista a Brado, Raissa Soares também afirmou que é alvo de uma campanha “difamatória” e “mentirosa”. Ele sinalizou que Eduardo Bolsonaro não teria escrito a publicação no X, e reafirmou a lealdade a Jair Bolsonaro. Frisou também que não financiou ou financia a rádio.

Como mostrou o site, as críticas de Eduardo Bolsonaro foram referendadas pelo deputado estadual Leandro de Jesus (PL), principal aliado de João Roma na ala bolsonarista do PL baiano.

Vale lembrar que a briga na sigla envolve ainda outros atores, a exemplo da ex-presidente do PL Mulher Kátia Bacelar, que já fez criticas abertas e duras a Roma, e a corrente da legenda que apoia o PT. No centro dos ataques à cúpula partidária está a insatisfação com o desempenho eleitoral da sigla no pleito deste ano.

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