6 junho 2025
A possível desistência de Eduardo Bolsonaro (PL) de disputar uma das duas vagas ao Senado por São Paulo no ano que vem mudou os cálculos eleitorais da centro-direita no estado.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é amplamente considerado o favorito para ser o mais votado. Sem sua presença, a aposta é que essa condição seja assumida pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).
Restaria a outra vaga na chapa, que em tese seria de indicação de Bolsonaro. Aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, dizem que ele poderia tentar usar esse espaço para acomodar um aliado de sua coligação.
Um nome que desponta é o ex-governador Rodrigo Garcia, que está sem partido e analisa convites para se filiar a MDB e Republicanos. Outra possibilidade citada é o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira.
Uma questão a ser resolvida num cenário sem Eduardo é como contemplar o PL na chapa majoritária. A indicação do presidente da Assembleia, André do Prado, como vice de Tarcísio poderia ser uma saída, embora isso crie outro problema, por desalojar o PSD.
A saída de Eduardo do páreo também pode beneficiar o deputado federal Ricardo Salles (Novo), que almeja herdar parte do eleitorado de direita do filho do ex-presidente que ficaria órfão.
Fábio Zanini, Folhapress