Escrita e maternidade: Coleção da Urutau apoia mães com clube de leitura

A maternidade é uma experiência transformadora que inspira mulheres a contarem suas próprias histórias. No Brasil, o número de mulheres que buscam a escrita como forma de expressão e profissão tem crescido significativamente. Segundo dados da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2022), 59% dos leitores brasileiros são mulheres, e elas também são maioria entre os autores nacionais. Além disso, plataformas de autopublicação, como Amazon KDP e Wattpad, registram aumento na participação feminina, com muitas obras abordando temas como maternidade, identidade e desafios sociais.

A Editora Urutau captou essa demanda e lançou a coleção Mãe Leva Outra, composta por 13 livros que exploram a maternidade em suas múltiplas dimensões. Como desdobramento desse projeto, em 2024 foi criado o Clube de Leitura Mãe Leva Outra, uma iniciativa pioneira que busca desnaturalizar tabus e trazer a maternagem para o centro do debate literário. De acordo com a autora e participante do Clube, Valentina Jarjura, “maternar é escrever com o corpo um poema que nunca estará pronto — e é nesse rascunho contínuo que encontro minhas palavras mais verdadeiras”.

O Clube de Leitura Mãe Leva Outra

Com encontros mensais que alternam entre lives de divulgação e debates temáticos, o clube reúne escritoras-mães e leitores que discutem obras da coleção e temas urgentes, como: invisibilidade materna, luto gestacional, maternidade solo e políticas de apoio a mulheres em vulnerabilidade. O projeto é organizado por um coletivo de autoras que se revezam na mediação e divulgação, fortalecendo uma rede de apoio e diálogo. Entre as participantes estão:

Maíra Castanheiro (Tornar-se mãeconheira)
Fabiana Grieco (Aquela que vejo pelo espelho)
Valentina da Cunha Jarjura (A cidade que carrega teu nome como um sussurro no meu ouvido)
Cristina Parga (Clearblues Blues)
Ariana Pereira (Nunca me contaram)
Angela Marsiaj (Soroca)
Yasmin Bidim (O corpinho então nada)
Diana Castilho (A dança silenciosa dos ausentes)
Jhenifer Silva (Do silêncio embaixo d’água)
Juliana Porto (O tronco é firme, os galhos finos)
Marcela Cavallari (Cavidade materna: Sete camadas de nós)
Fernanda França de Oliveira (Palavras que guardei para minha filha)
Glória Diógenes (Mãe sem a outra)
Analu Leite (Com amor, mamãe)

A Escrita Como Ferramenta de Transformação

O interesse por cursos de escrita criativa também tem aumentado entre as mulheres. Segundo a Escola Britânica de Artes Criativas & Tecnologia (EBAC), 70% dos alunos de oficinas literárias são mulheres, muitas delas mães em busca de um espaço para ressignificar suas vivências. A escrita surge, assim, como um instrumento de empoderamento e registro de histórias que antes ficavam à margem.

O Clube de Leitura Mãe Leva Outra é mais do que um espaço literário: é um movimento que conecta literatura, ativismo e acolhimento, provando que a maternidade pode ser tanto inspiração quanto revolução. Para Fabiana Grieco, autora e participante do Clube, a escrita e maternagem vão vão muito além do que se pode ver: “descobri que ser mãe e escritora é o mesmo exercício: criar raízes no invisível e, mesmo sem garantias, entregar-se ao mundo como se ele merecesse”, argumenta.

Como fazer parte do Clube de Leitura Mãe Leva Outra:

Basta entrar em contato com o clube pelo formulário: http://bit.ly/3YXH1dJ e adquirir um exemplar dentre os disponíveis das autoras participantes. Os encontros são mensais e online, com 1 livro discutido por mês.

SERVIÇO
Clube de Leitura Mãe Leva Outra – Maternidade e Literatura
📅 Encontro on-line mensal
Encontro mensal: 26/05, às 19h (via Google Meet – link enviado por e-mail para as participantes inscritas)
Link do formulário para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeXOMmdBQYBkyiq4uxeLcYWKLcJ7k487e8TD0YTzEHjE34hzA/viewform