Hilton Coelho diz não temer representação de vereadores de Salvador que querem a cassação do mandato do deputado

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) afirmou nesta terça-feira (27), em conversa com a imprensa, não temer a representação disciplinar movida contra ele na Assembleia Legislativa por vereadores de Salvador por conta do episódio, ocorrido na última quinta-feira (22), da invasão do Centro Cultural da Câmara Municipal durante a votação do projeto de reajuste dos servidores da Prefeitura.

Hilton garantiu que não participou de qualquer ato de violência, agressão ou vandalismo. Os 33 vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União) que entregaram pessoalmente a representação à presidente da Assembleia querem a cassação do mandato do psolista.

“Não acredito em cassação. Se conseguirem alimentar esse processo na Assembleia, se for instalado, vai ser com provas forjadas. Não fiz nada naquele momento que não fosse acompanhar o processo. A todo momento eu pedia calma porque vi professoras sendo muito agredidas. Desafio quem possa apresentar elementos que revelem a minha participação em qualquer ato indevido”, declarou Hilton Coelho.

Ele disse acreditar que a iniciativa dos vereadores tenha sido “uma sinalização de que o prefeito não aceita a opinião divergente porque não consegue se pronunciar sobre os problemas da cidade, e quer aniquilar qualquer voz que possa colocar isso em questão”.

“Está evidente o péssimo comportamento de Bruno, que há muito tempo não falava com a imprensa. A Prefeitura é que agiu de forma violenta contra os professores. Aliás, a violência poderia ter sido maior se eu não estivesse acompanhando todo esse processo, até como membro da Comissão de Educação, Cultura e Serviços Públicos da Assembleia”, concluiu o parlamentar.