31 outubro 2024
A demora na definição do candidato a vice na chapa de Geraldo Jr., nome do MDB à Prefeitura de Salvador apoiado pelo governo do Estado, tem virado motivo de piada na articulação política do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
E também de desânimo quanto aos rumos da campanha, sentimento que vem sendo compartilhado tanto pela cúpula petista quanto entre as bases do partido e das forças aliadas.
Não é incomum ouvir deles todos que não sabem o que ocorre, onde estão e nem para onde vão quando se fala da campanha à Prefeitura da capital baiana.
Como sempre, atribuem a dificuldade de entender em que ‘momento se encontram’ ao próprio candidato, acusado de ser melhor de lero-lero do que de disposição para meter a mão na massa e efetivamente assumir a coordenação das atividades.
Inicialmente, pensou-se que a escolha de Lídice da Mata (PSB) para coordenar a campanha daria um novo impulso à candidatura governista.
De fato, por causa da identidade esquerdista – espécie de compensação para o candidato emedebista dada sua militância histórica na centro-direita – ela chegou animando a tropa.
As boas expectativas desvaneceram, no entanto, quando se constatou que a parlamentar, dada inclusive a quantidade de atividades em que está envolvida, foi largada sozinha na tarefa da coordenação, sem apoio do principal interessado em tocar a campanha.
O clima piorou depois da escolha do coordenador do programa de governo do candidato, tarefa delegada ao presidente do PV na Bahia, Ivanilsson Gomes, nome que as forças aliadas afirmam que preferiam ver desempenhando outro tipo de atividade.
A situação da campanha governista difere, por exemplo, da do candidato do PSOL, Kleber Rosa, que ataca as fragilidades de Geraldo Jr. na tentativa de se transformar no pólo da disputa com o prefeito Bruno Reis (União Brasil), e do próprio chefe do executivo municipal.
O primeiro já escolheu sua vice e o segundo, como está sentado na cadeira, tem todo tempo do mundo para definir seu companheiro de chapa, que tudo indica será a vice atual, Ana Paula Matos (PDT), secretária municipal de Saúde.
Não espanta que, diante de um quadro desses, de demora em definições estratégicas, a previsão de derrota se intensifique paralelamente a um verdadeiro processo de caça às bruxas no grupo governista para descobrir quem foi o responsável pela escolha de Geraldo Jr. como representante do grupo nestas eleições.
Política Livre