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Servidores ficaram no saguão ao lado do plenário, onde foi instalado um telão para transmissão ao vivo da votação 28 de maio de 2024 | 17:35

Adolfo veta acesso de servidores às galerias da Assembleia Legislativa e é alvo de protestos

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Gerou protestos a decisão do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD), de impedir o acesso de servidores estaduais às galerias da Casa na sessão desta terça-feira (28), quando será votada a proposta de reajuste de 4% para a categoria. Os sindicatos pedem 10%.

Os servidores que foram à sede do Legislativo ficaram acomodados no saguão ao lado do plenário, onde foi instalado um telão para transmissão ao vivo da votação.

O veto às galerias foi alvo de severas críticas. No plenário, o deputado Hilton Coelho (PSOL) disse que a medida promovia uma espécie de “sessão secreta”.

“Que Casa do povo é essa? Onde é que nós temos democracia? Paz sem voz não é paz, é medo, já diria o poeta. Não existe nós considerarmos que deputado não pode ser vaiado”, protestou Coelho.

Do lado de fora, os servidores gritavam palavras de ordem contra o presidente Adolfo com extensões ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“Se fosse para acompanhar pelo telão, as pessoas ficavam em casa”, emendou Hilton, que chegou a pedir que a questão fosse submetida ao plenário.

Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição, também pediu que a medida fosse ponderada. O pedido foi negado pela presidência.

“Eu pensei que a Assembleia estava sendo invadida por algum grupo terrorista”, iniciou o deputado Sandro Régis (União Brasil), ao falar sobre o reforço policial presente nos corredores da Casa.

“Não é certo os servidores usarem as galerias para agredir deputado, mas também não é certo a Casa tratar o servidor como bandido. Tem que ter o equilíbrio em tudo. Tem que ter o equilíbrio dos servidores nas suas manifestações, mas tem que ter o equilíbrio da Casa para que os servidores assistam como os 63 deputados votaram”, ponderou.

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