30 outubro 2024
O ex-presidente norte-americano Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca nas eleições de novembro deste ano, sofreu um atentado a tiros durante um comício em Butler, na Pensilvânia. Ele foi atingido de raspão na orelha e retirado do palco sangrando.
O atirador, identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto pelo Serviço Secreto. Um espectador também morreu e dois ficaram feridos.
Líderes mundiais condenaram o atentado, assim como o adversário dele, o presidente democrata Joe Biden. No Brasil, tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se solidarizaram com Trump.
Veja o que já se sabe sobre o atentado a Donald Trump:
– O atentado ocorreu em Butler, no Oeste da Pensilvânia, onde Trump realizava um comício de campanha. No momento dos tiros, ele discursava sobre travessias de imigrantes na fronteira. Na hora dos disparos, ele colocou a mão na orelha e se jogou no chão, enquanto apoiadores gritavam e se abaixavam. Seguranças então cercaram o ex-presidente e o escoltaram para fora do local com a orelha sangrando. Veja a cronologia do caso.
– Além de Trump, atingido de raspão na orelha, três pessoas que participavam do comício foram baleadas. Um morreu e outros dois ficaram feridos. As vítimas eram todos homens, de acordo com o tenente-coronel George Bivens, da Polícia da Pensilvânia. Nas redes sociais, o líder republicano se solidarizou com os apoiadores atingidos.
– O atirador fez os disparos às 18h13, no horário local, 19h13 no horário brasileiro. O porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielm, disse que o autor do atentado realizou “múltiplos disparos em direção ao palco, de uma posição elevada do lado de fora do local onde ocorria o comício” e utilizou um fuzil AR-15. Análises gráficas da imprensa americana indicam que ele estava em um telhado a cerca de 130 metros do palco.
– O atirador foi morto pelo Serviço Secreto. Ele foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Era registrado como eleitor republicano na Pensilvânia, mas em janeiro de 2021 doou US$ 15 ao comitê democrata Projeto de Comparecimento Progressista. A motivação para o atentado ainda não está clara.
– Thomas Matthew Crooks vivia em um bairro de classe média em Bethel Park, a cerca de 80 quilômetros de Butler, palco do atentado. Policiais encontraram dois explosivos no carro dele e um terceiro pode ter sido encontrado em sua casa, disseram pessoas informadas sobre as investigações ao The New York Times
– Donald Trump disse ter sido atingido por uma bala que teria perfurado a parte superior da orelha direita. “Percebi imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo”, afirmou. O porta-voz do presidente, Steven Cheung, limitou-se a afirmar que o candidato republicano havia sido levado para um centro médico, mas que está bem.
– O FBI abriu uma investigação sobre o caso e confirmou que trabalhará em conjunto com o Serviço Secreto dos Estados Unidos ao longo das apurações.
– Segundo a Casa Branca, o presidente Joe Biden, além de se manifestar por nota e pronunciamento, falou diretamente com Donald Trump para prestar solidariedade.
O que ainda falta ser esclarecido sobre o atentado a Trump:
– Não se sabe como o atirador acessou o local armado sem ser percebido pela segurança de Donald Trump. Ainda não há informações sobre qual seria a motivação do crime. Autoridades afirmam não ver indícios de que os suspeito fizesse parte de uma conspiração maior, mas ponderam que as investigações são muito fluidas.
– Não há informações sobre interrupção de atividades por parte do ex-presidente nos próximos dias em função da saúde. Sua campanha diz, apenas, que ele estará na convenção republicana prevista para a próxima semana. Na madrugada deste domingo, um vídeo do ex-presidente desembarcando em Nova Jersey foi divulgado nas redes sociais. Nas imagens, Trump aparece descendo as escadas do avião particular, sem apresentar dificuldades de mobilidade, ao lado de agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos.
Estadão Conteúdo