Foto: Emerson Nunes / Arquivo - Política Livre
Prefeito ACM Neto (DEM) 16 de dezembro de 2013 | 10:13

‘Não vou ficar em cima do muro e nem fazer joguinho’, diz Neto sobre 2014

salvador

O prefeito ACM Neto (DEM) garantiu que o ano de 2013 foi positivo para o município e afirmou estar sanando os problemas financeiros apesar das dificuldades anunciadas ao assumir o cargo. “Eu não fraquejei hora nenhuma. Eu sabia que a gente tinha traçado um plano que daria certo. Eu encerro o ano com o coração muito tranquilo. Sabendo que fiz o que eu podia, que eu tinha ido ao meu limite”. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira, durante entrevista à rádio metrópole, onde fez um balanço do primeiro ano de gestão. “Todos os planos deram certo, mas não há milagres, há trabalho. Estamos fazendo investimentos, a Prefeitura vai fechar o ano no azul. Fizemos a recuperação da Orla, da rede de Saúde, a melhoria da limpeza, por exemplo”. O democrata afirmou estar esperançoso para o próximo ano. “Com tudo o que a gente planejou e projetou ela vai ser uma cidade melhor do que era antes, com muitas coisas acontecendo, saindo do papel, obras em todos os cantos, a melhoria dos serviços públicos. Vai ser um ano que a cidade vai ver que a gente caminha numa direção diferente”.

Sobre o cenário para 2014 e o acordo com o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima para adiar a escolha da oposição para depois do Carnaval foi taxativo. “Eu tenho certeza que a gente vai marchar sete ou oito partidos unidos já no primeiro turno das eleições de 2014 e quem apostar num racha entre o Democratas e o PMDB vai perder a aposta. Claro que todo o partido tem o seu tempo e a gente vai estar conversando com todos, mas o meu desejo é que a gente deve marchar sete ou oito partidos em torno de um objetivo comum. O Democratas não vai impor absolutamente nada. Não dá na política dá para trabalhar nem com vetos e nem com imposições. O partido tem as duas maiores prefeituras do Bahia: a da capital e a da maior cidade do interior, que é Feira de Santana, com Zé Ronaldo. O partido tem, nesse conjunto de partidos da oposição, a maior bancada da Assembleia e a segunda maior bancada da Câmara Municipal e três deputados federais. Evidentemente não há porque o Democratas impor ‘só pode se for do partido’, não tem isso”, garantiu.

Neto explicou que o pedido para adiar a apresentação dos nomes foi feito para que os interessados possam se cacifar ao cargo que pleiteiam disputar, além de reunir os partidos da oposição para um acordo que possa fortalecer a chapa majoritária completa. “Nós temos hoje alguns pré-candidatos ao governo no campo das oposições. É claro que dois se destacam mais: Paulo Souto e Geddel. Não quer dizer que sejam eles, mas esses dois estão na frente. O que eu sugiro é aproveitar os meses de janeiro e fevereiro para intensificar as nossas conversas. Ver quem são os tomes e quem tem vontade. Porque a primeira coisa é você ter vontade, é dizer ‘eu quero ser candidato, eu quero enfrentar a luta e ir para o campo’, segundo ponto é ver como se organiza a chapa. Você tem que ter um candidato a vice-governador e um candidato ao senado. Esse cuidado, esse tempo de dois meses e meio é muito importante para isso: para garantir que você tenha uma chapa. Não adianta você ter um nome só que vá ali meio capenga. Você tem que ter uma chapa estruturada e organizada. Depois do carnaval, lá para meados de março a gente deve apresentar o nome do candidato comum”.

Sobre a sua participação política nas eleições – até então discreta já que ocupa o cargo de gestor e não deve entrar em conflito com os governos federal e estadual – prometeu participar ativamente e trabalhar para eleger o seu candidato na sucessão ao Palácio de Ondina, mas fez uma ressalva. “O prefeito vai governar a cidade, vai cuidar da sua administração e a Prefeitura não entra em calendário eleitoral. Agora o cidadão, o político, o membro do Democratas, porque eu sou um homem que tem um partido claro e vou participar da campanha. Nas horas vagas, quando não estiver na Prefeitura eu vou estar pedindo votos, vou estar trabalhando, o que é absolutamente normal e assim tem que ser. Não vou ficar em cima do muro, não vou fazer joguinho. Isso não existe, a minha posição não é essa. Eu me elegi prefeito depois de passar dez anos na oposição como deputado federal”, concluiu.

Emerson Nunes
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