31 outubro 2024
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, está sinalizando que os diplomatas não irão concluir um acordo nuclear entre o Irã e as potências do P5+1 (EUA, China, Reino Unido, Alemanha, França e Rússia) até a manhã desta sexta-feira, complicando os esforços dos EUA para aprovar as medidas de forma mais rápida. Sob a lei dos EUA, as sete nações que negociam em Viena têm de concluir antes do final desta quinta-feira em Washington para evitar um pedido de avaliação de 60 dias no Congresso, durante o qual a administração de Barack Obama não pode flexibilizar as sanções ao Irã. Se atingir a meta, os parlamentares norte-americanos só teriam 30 dias para discutir a pauta. “Nós não vamos nos apressar e nem seremos apressados”, afirmou Kerry, rejeitando a pressão de diplomatas dos EUA, que temem que com o prazo maior, há o risco de o acordo ser rejeitado no Congresso ou que os iranianos retrocedam em suas promessas. “Acreditamos estar fazendo um progresso real em relação ao Irã. Estamos totalmente focados na qualidade do acordo”, ponderou Kerry. O discurso de Kerry vai na mesma linha das declarações do chanceler iraniano, Javad Zarif. “Estamos trabalhando duramente, mão não vamos nos apressar para fazer nosso trabalho”, afirmou. Com um tom menos otimista, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse que ainda há “alguns pontos muito difíceis de resolver” com o Irã.
Estadão Conteúdo