Foto: Mateus Soares/Arquivo
Ex-prefeito e ex-deputado Antonio Imbassahy, que concedeu entrevista a este Política Livre neste domingo 26 de abril de 2021 | 09:01

Entrevista de Imbassahy traça cenário inseguro para apoio do PSDB a Neto na Bahia

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Declarações do ex-prefeito e ex-deputado federal Antonio Imbassahy sobre a sucessão de 2022, em entrevista a Alexandre Galvão, deste Política Livre, neste domingo, contribuíram para acender o sinal amarelo nos grupos políticos tanto do governo quanto da oposição na Bahia com relação às próximas eleições.

Em resumo, Imbassahy disse que não está aposentado das urnas e que as circunstâncias ditarão qual será sua posição em relação à próxima disputa eleitoral na Bahia. Foi o suficiente para muitos interpretarem que o ex-deputado, hoje chefe do escritório político de São Paulo em Brasília, pode ser candidato ao governo.

Parte das especulações decorre da evolução do relacionamento entre seu partido e do governador de São Paulo, João Dória, o PSDB, e o DEM, comandado no país pelo ex-prefeito ACM Neto. Se eles se acertarem com relação ao apoio à candidatura presidencial de Dória, Neto será automaticamente o candidato dos tucanos no Estado.

Mas, se o entendimento não sair, Dória pode tentar lançar um candidato na Bahia para apoiar seu nome e não se descarta, entre os tucanos paulistas, a figura do ex-prefeito. Claro que a estratégia dependeria de o atual governador de São Paulo ganhar as prévias no PSDB para concorrer à Presidência.

Ele disputa até agora a indicação para candidato com pelo menos outros três nomes: o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O movimento recente de Dória no sentido de filiar ao PSDB seu vice, Rodrigo Garcia, seria um sinal importante de ser levado em conta.

Com isso, o tucano quis sinalizar que, ganhando as prévias, não pretende passar o governo de São Paulo para o DEM, partido de Garcia, mas para o próprio grupo. A iniciativa de Dória irritou ACM Neto, que ameaçou romper com ele. Naturalmente, para impor um candidato contra Neto, Dória teria que ter maioria na executiva local do PSDB.

E, a dia de hoje, os defensores de sua candidatura no Estado estão em menor número em relação àqueles que apóiam o nome de Neto ao governo. O quadro, com Imbassahy pelo meio, entretanto, mostra que a ideia de que o PSDB seria um apoiador consolidado na Bahia ao projeto netista não é mais tão líquida e certa quanto no passado.

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