23 novembro 2024
Maurício Bacelar é engenheiro civil e foi diretor-geral do Detran (2015). Ele também foi secretário de Obras da Prefeitura de Dias 'Ávila (1986), diretor do Copec (1987) e secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Camaçari (2002). Ele escreve uma coluna semanal no Política Livre às segunda-feiras.
- Engenheiro Civil - 1985
- Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Dias D'Ávila - 1986
- Diretor do Copec - Complexo Petroquímico de Camaçari - 1987
- Secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Camaçari - 2002
- Diretor Geral do Detran-Ba - 2015
No mundo moderno não se pode admitir a mobilidade das pessoas sem a motocicleta. Um meio de transporte ágil, econômico, flexível e acessível. Aqui na Bahia, o número de motos octuplicou nos últimos 10 anos, passando de pouco mais de 120.000 unidades para mais de 1.000.000.
O incremento de motocicletas no meio urbano e rural trouxe alguns problemas para a nossa sociedade. Por conta de sua baixa estabilidade, vulnerabilidade às imperfeições das vias e ausência de perícia de seus condutores entre outras questões, proporcionou um aumento exponencial dos acidentes de trânsito e, consequentemente, de mortos e sequelados.
As motos somam quase 27% da frota nacional, mas consomem 75% das indenizações pagas pelo seguro Dpvat, o seguro obrigatório de veículos. É responsável pela ocupação de 60% dos leitos do SUS, ocupação que muitas vezes estende-se por mais de 6 meses, e por um exército de jovens sequelados que, prematuramente, oneram a previdência social.
Pelo exposto acima, dar para imaginar o prejuízo causado pelos acidentes com motocicletas na nossa sociedade, o trauma nas famílias em função de mortes ou sequelas, alta ocupação de leitos nos hospitais, despesas no sistema SUS, no sistema previdenciário e na recuperação de infraestrutura danificada.
É preciso encontrar uma solução para a questão. Para solucionar o problema, o tema precisa ser tratado nas escolas, desde o ensino fundamental, iniciando um processo de formação de cidadãos conscientes da importância do respeito à legislação e de uma postura de segurança no trânsito. Repensar, também, o atual modelo de formação dos condutores, que apenas treina o candidato a obter a habilitação, que não prioriza a educação. É necessário fomentar um modelo em que tenhamos condutores capacitados e com perícia, conhecedores e conscientes da importância de respeitar as leis do trânsito!