23 novembro 2024
João Carlos Bacelar é deputado estadual pelo PTN , membro da Executiva Nacional e presidente do Conselho Político do partido. Foi secretário municipal da Educação de Salvador e vereador da capital baiana. Escreve uma coluna semanal neste Política Livre aos domingos.
A padronização da qualidade de ensino da educação básica no Brasil é uma meta nas distintas regiões do país. A ideia de estudiosos e debatedores não é extinguir a autonomia das escolas que continuariam gerindo as unidades, no entanto, existe o consenso que deveriam ser liberados mais recursos para o setor que teria sua produtividade pactuada pela federação.
Uma audiência pública aconteceu no último dia de outubro na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Congresso Nacional para debater o tema e parece unânime o olhar de quem vivencia educação no Brasil. Municípios e estados devem ter responsabilidade pela educação básica, no entanto, é preciso garantir, entre outros tópicos, o salário dos professores para que eles tenham cada vez mais dedicação em prol de uma revolução pela educação. O respeito pelo profissional, o empenho das autoridades em ampliar a qualidade do ensino são fundamentais para o alcance de resultados.
Os países que direcionam esforços e incentivos fiscais colocando em prática políticas educacionais contínuas mantem o compromisso de assegurar a integridade do sistema educacional, mesmo com a mudança dos governos, o que não afeta em nada o prosseguimento de projetos bem sucedidos.
Essas nações passaram a selecionar melhor seus professores, reformularam leis educacionais e ampliaram o tempo de permanência dos estudantes em sala de aula, a exemplo de China, Estados Unidos e Chile que vinculam permanentemente a profissão do cidadão à educação adquirida, ou seja, o profissional estará sempre atrelado à instituição que estudou, o que para eles é motivo de orgulho e marketing pessoal.
Educação em alta significa políticos melhor preparados, cidadãos mais bem informados e, como consequência, menores índices de marginalização no país.
A educação é considerada a sétima preocupação dos brasileiros. Infelizmente uma prioridade ainda pequena em virtude da grandiosidade da questão mas se insistirmos coletivamente na qualidade e na melhor distribuição de recursos estaremos desenhando um novo cenário político e econômico nacional.
A luta pela educação de qualidade é de todos. Precisamos apenas aprender a praticá-la, afinal o conhecimento é algo que ninguém pode roubar de você, assim como os sonhos. Portanto, é em busca deles que vamos continuar trilhando nossa estrada.