12 de setembro de 2007 | 22:13

Depois da derrota do governo hoje, PT perde certeza de eleger Zilton conselheiro

A derrota imposta ao governo hoje à noite na Assembléia Legislativa por uma inesperada aliança formada entre a Oposição, o PMDB e o PDT, dois partidos aliados, abalou a expectativa do PT de emplacar o deputado estadual Zilton Rocha na vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Desconsiderando orientação do governo para derrubar a sessão, a bancada inteira do PMDB e mais deputados do PDT se uniram à Oposição e aprovaram um requerimento de urgência para votar o projeto de resolução que define o rito para o processo de escolha do novo conselheiro, cargo disputado também por peemedebistas.

O pedido de urgência foi feito sobre projeto de autoria do deputado Paulo Câmara (PTB), um dos candidatos na base à vaga do TCE. Na prática, a votação amarrou o governo num prazo de oito dias para votar o rito, depois do que a Assembléia terá que, forçosamente, escolher o novo conselheiro.

A iniciativa da Oposição de propor a votação da urgência e ainda garantir o apoio dos governistas do PMDB e do PDT à iniciativa pegou de surpresa o governo, que pretendia adiar o processo de escolha em plenário até a construção de um consenso em torno de um único nome exatamente para evitar sustos.

“Ninguém sabe se o que aconteceu hoje à noite é um pré-acordo pela eleição de Leur (Lomanto). Se for, é muito provável que ele ganhe, derrotando o candidato do PT”, calculava ontem um deputado oposicionista, avaliando o resultado da votação da urgência na Assembléia.

Na verdade, o requerimento contra o governo foi aprovado por 30 votos (um não foi computado por problemas no painel) em votação aberta, quando são necessários 32 votos para a escolha do novo conselheiro.

Como o rito da eleição exige votação secreta, onde se costuma dizer que a vontade de trair aumenta, o candidato do partido do governador Jaques Wagner pode também sofrer uma derrota acachapante.

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