14 de setembro de 2007 | 10:37

PT se prepara para convencer governador de que é opção mais confiável ao TCE

O PT vai utilizar sua condição privilegiada de partido do governador Jaques Wagner para discutir com ele imediatamente após a sua chegada à Bahia os últimos acontecimentos na Assembléia Legislativa, onde o governo perdeu uma votação crucial que expôs uma guerra de bastidores entre peemedebistas e petistas, ameaçando de morte a candidatura de Zilton Rocha (PT) à vaga de conselheiro do TCE.

Na visão de um deputado petista que conversou agora há pouco com o Política Livre, o partido deve pedir ao governador que esclareça de uma vez por todas se tem ou não interesse em que o PT faça o novo conselheiro. Os petistas acreditam ter um forte argumento político, com lastro matemático, para defender a escolha para o cargo de alguém da “mais absoluta confiança do governo”.

Para eles, esta condição o candidato do PMDB, Leur Lomanto, teria deixado claro não possuir, depois dos últimos acontecimentos na Assembléia, onde os peemedebistas se uniram à oposição para derrotar o governo. “Vamos mostrar ao governador que a escolha de Zilton representa o desempate em favor do governo na atual correlação de forças existente no Tribunal de Contas do Estado”, completa o parlamentar.

Ele se refere à atual composição do TCE, em que três conselheiros são considerados “aliados” do governo e três são vistos como oposicionistas. Do lado governista estariam Filemon Matos, França Teixeira e Pedro Lino. No outro campo, Manoel Castro, Antonio Honorato e Ridalva Figueiredo. “Hoje, temos claro que esta vaga não pode ir de modo algum para o PMDB. É deixar o poder com o PMDB”, completa o mesmo deputado.

Considerado órgão auxiliar da Assembléia na tarefa de fiscalizar as contas do Executivo, o TCE tem em sua composição historicamente uma representação política na qual os governos não querem deixar de influir.

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