17 de setembro de 2007 | 21:19

Wagner manda recado ao PMDB em conversa dura com Genebaldo Correia

Antes de dar a famosa declaração ao jornal A TARDE – “detesto traição” -, na última sexta-feira, quando retornou dos EUA, o governador Jaques Wagner (PT) teve uma conversa dura com o ex-deputado Genebaldo Correia, secretário-geral do PMDB e um dos negociadores de uma solução para a escolha do novo conselheiro do TCE, cargo disputado por petistas e peemedebistas na Assembléia.

A conversa teria ocorrido em Santo Amaro, na inauguração da Casa do Samba, na presença de alguns populares, lideranças locais e poucos deputados. Segundo relatos, Wagner teria praticamente antecipado as afirmações que faria logo em seguida a A TARDE, com o acréscimo de, no contato com Correia, ter criticado de forma direta e incisiva o comportamento do PMDB, que lançou Leur Lomanto contra Zilton Rocha (PT) para conselheiro do TCE.

O governador teria deixado claro que não vai permitir que o partido cresça indiscriminadamente no interior atraindo prefeitos e desequilibrando a correlação de forças que mantém sua administração e ainda reduza a sua legenda, o PT, a um papel de figurante na política baiana.

Wagner teria, inclusive, se exaltado em determinados momentos, dando a entender que não se importava com o fato de que a conversa fosse percebida por outros, numa espécie de afirmação pública de sua autoridade. Foi o contrário do ex-deputado, que falou o tempo todo em voz baixa, como se estivesse buscando acalmar o governador e evitar que outras pessoas os escutassem.

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