05 de dezembro de 2012 | 16:07

Fiscalização flagra Mata Atlântica desmatada em SP

brasil

Uma nova metodologia de fiscalização adotada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que permite detectar a supressão de vegetação a partir 0,2 hectares (2 mil metros quadrados), flagrou dez pontos de desmatamento no Vale do Ribeira, região sul do Estado, que detém 80% da Mata Atlântica paulista. O maior desmate, numa área de 75,98 hectares entre os municípios de Sete Barras e Eldorado, foi alvo de uma operação nesta quarta-feira da secretaria e da Polícia Ambiental. A área devastada, equivalente a 100 campos de futebol, fica no entorno do Parque Estadual Intervales e tinha espécies arbóreas ameaçadas de extinção, como a canela sassafrás e a palmeira juçara. O dono foi multado em R$ 2,5 milhões. O secretário Bruno Covas e o comandante do Policiamento Ambiental, coronel Milton Nomura, acompanharam a operação. O desmate atingiu áreas de várzeas, encostas e topos de morro. O local é de difícil acesso e, para driblar a fiscalização, o dono da propriedade, identificado como Ildomar Bonkoski, residente em Massaranduba (SC), deixou uma “cortina” de mata à beira da estrada. “Só conseguimos pegá-lo porque o sistema fez a sobreposição da imagem atual com outra mais antiga dos nossos arquivos”, disse o secretário. Em sobrevoo de helicóptero, foi possível confirmar o tamanho do estrago. Em alguns pontos, as árvores cortadas ainda estavam espalhadas pelo chão, muitas arrancadas com a raiz. Em outros, a madeira tinha sido retirada e a galhada fora usada para soterrar fundos de vale. “Houve uso de máquinas pesadas para derrubar as árvores e parte da madeira foi serrada e vendida”, disse o coordenador de fiscalização da Secretaria, Ricardo Viegas. Leia mais no Estadão.

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