30 de agosto de 2013 | 07:45

Passarela do crack: à margem da avenida Contorno, caminho de 800 metros virou via para consumo de droga

salvador

De um lado, um dos mais belos visuais de Salvador, com a Ilha de Itaparica ancorada na Baía de Todos os Santos. Do outro lado, o intenso movimento de veículos na Avenida Lafayete Coutinho. No meio, quem ousa passar é obrigado a desviar de montes de sucata, montes de fezes e montes de pessoas que estão ali por um único objetivo: fumar crack. Esse é o cenário da passarela que ladeia parte da Avenida Contorno, como a Lafayete Coutinho é conhecida. Logo acima da comunidade da Gamboa, a via de pedestres que vai da entrada do Solar do Unhão até a chegada no Vale do Canela deveria ser percorrida por moradores da capital baiana e turistas, mas virou um pátio para consumo e venda de pedra. “Quer o quê? Massa ou pedra?”, pergunta, sem nenhum pudor, um homem vestido em trapos que leva na perna direita um fixador de parafusos para fraturas ósseas. Ele nos abordou sob o viaduto do Campo Grande, perto do portão inferior do Edifício Morada dos Cardeais. O homem se oferece para ir buscar “qualquer coisa lá embaixo” (Gamboa), mas a reposta negativa faz com que ele vire as costas e vá embora, sem demonstrar preocupação. Leia mais no Correio.

Victor Uchôa e Alexandre Lyrio, Correio*
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