09 de setembro de 2013 | 10:15

Entidades pedem inquérito no Ministério Público contra a Comissão Especial do Carnaval

salvador

Acontece hoje, 09, às 14 horas, no Ministério Público da Bahia, uma audiência entre a promotora de Justiça Rita Tourinho e diversos segmentos carnavalescos. Eles entrarão com uma representação contra a Comissão Especial do Carnaval, acusada de tentar excluir sumariamente do Conselho Municipal do Carnaval (Concar) associações e entidades carnavalescas históricas e representantes de minorias, além da cadeira da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), e substituí-las por segmentos exclusivamente privados. Os segmentos pedem a instauração de um inquérito, em que o presidente da comissão, vereador Henrique Carballal, seja intimado para explicar sobre a inserção da Associação Baiana de Camarotes, da Empresa de Som, Iluminação e Montadoras, da Associação Brasileira de Entretenimento e da Associação Baiana do Mercado Publicitário no Concar, já que é fato público que estas pertencem ao mesmo grupo econômico e já estão devidamente representadas pela Associação Baiana dos Blocos e Trios (ABT) no órgão público. “Como acreditar na idoneidade das decisões dessa comissão se ela deixa clara a intenção de privatização da festa momesca e retira a única cadeira da administração do Estado, que investe milhões na festa e tem o papel estratégico de elaborar junto com as entidades um planejamento que leve em conta a saúde da população num evento de tamanha proporção?”, questiona Otto Pipolo, que está advogando a representação dos segmentos carnavalescos. Ele ainda destaca: “Achei muito estranho que um vereador do PT investisse contra o próprio governo do Estado, de liderança petista. O que há em jogo que seja tão mais importante a ponto de pôr em cheque a fidelidade partidária?”, indaga.

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