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Várias baianas continuam trabalhando normalmente nas areias da beira mar de Salvador 07 de outubro de 2013 | 08:30

Baiana de acarajé quer ficar na praia

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Apesar da decisão judicial que proíbe as baianas de acarajé de fritar os bolinhos de feijão nas praias, várias baianas continuam trabalhando normalmente nas areias da beira mar de Salvador. Muitas afirmam que sabem da decisão tomada pelo juiz da 13ª V da Justiça Federal, Carlos D´ Ávila, mas que continuam trabalhando normalmente, porque não foram oficialmente informadas pela associação da categoria. A maioria acha a decisão um absurdo. Muitas trabalham nas praias há 25, 30, 40 anos. A baiana Neuza Oliveira, que há 30 anos trabalha na praia de Jaguaribe, disse que “se nós, baianas, formos obrigadas a sair da praia, vamos protestar na porta da Prefeitura”. Indignada com a decisão, ela diz que sempre fritou e vendeu o acarajé na praia. “Com o que ganho aqui, criei meus filhos e hoje ajudo a criar meus netos. Não tenho conhecimento de nenhum acidente com banhistas, porovocado pelos tachos”, protestou. Quanto ao descarte do azeite de dendê, afirmou que nos 30 anos que trabalha na praia, nunca jogou o azeite na areia, sempre levou de volta para casa, onde é armazenado e doado para uma empresa que fabrica biodiesel. Outras baianas dizem ainda que descartam o óleo utilizado no ralo da pia. Leia mais no Tribuna.

Naira Sodré, Tribuna da Bahia
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