Foto: Amanda Palma, Correio*
Homem observa passagem de soldados, na orla; presença do Exército não tem prazo para acabar 22 de abril de 2014 | 10:00

Homens do exército não têm data para deixar Salvador

salvador

Os mais de 7 mil homens do Exército que fazem patrulhas nas ruas de Salvador e no interior do estado ainda não têm data definida para ir embora. Segundo o oficial de comunicação social do Exército, tenente-coronel Costa Neto, o fim da Operação Bahia 2 – como é chamado o esquema de patrulhamento – depende de um comunicado do governador Jaques Wagner à presidente Dilma Rousseff. “Só acaba por determinação da presidente. A operação vai até que se estabeleçam as condições de normalidade e quem pode dizer isso é o governador”, explica o coronel. A previsão inicial era de que as tropas fossem embora no fim do feriado, mas, por meio de sua assessoria, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que ainda não há previsão de quando o governo vai pedir o fim da operação. Sem o clima de normalidade, o Exército permanece nas ruas junto com a Polícia Militar. Apesar disso, o índice de violência continua alto. As primeiras tropas de São Paulo começaram a chegar a Salvador às 5h do dia 16, horas depois de ter sido decretada a greve da Polícia Militar. Depois, vieram patrulhas de Alagoas e Pernambuco, que se juntaram aos 6 mil do 6º Comando da Região Militar (Bahia e Sergipe). E, de lá para cá, a rotina dos militares é intensa. São 24 horas de patrulhamento, com descanso de quatro horas para cada militar. A escala de trabalho é definida em cada quartel. “Ele roda quatro horas, descansa quatro horas ou o tempo necessário para se recuperar. A gente conta que, dos três quartos de horas, dois ele patrulha e um descansa. Realmente, trabalha mais do que descansa, mas a situação exige que a gente tenha uma sobrecarga maior mesmo”, diz o coronel. Os horários não são fixos e, por isso, muitos atuam durante a madrugada. Leia mais no Correio.

Marina Silva, Correio*
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