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Edinaldo e Amauri em debate sobre o plantio do eucalipto em Salvador na UFBA 24 de maio de 2014 | 10:00

Deputados cobram disciplina no plantio do eucalipto durante debate

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Frente a frente, empresários, acadêmicos, sindicalistas e movimentos sociais debateram por todo o dia de ontem (23) os impactos sociais e econômicos da monocultura do eucalipto no Sul da Bahia. O encontro ocorreu durante seminário promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com a Comissão de Seguridade Social e Saúde presidida pelo deputado baiano Amauri Teixeira (PT). “Não somos contra a produção de celulose , mas queremos uma produção com sustentabilidade, com uso de agrotóxicos limitado e monitorado pelos órgãos responsáveis”, explica Amauri. Quem também participou do evento foi o vereador e pré-candidato a deputado estadual, Edinaldo Rezende (PT), que anunciou a aprovação de lei na Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas, disciplinando o plantio do eucalipto no município. “A questão não é o eucalipto em sim, mas, a excessiva ocupação dele. Muitas famílias saíram da zona rural para a urbana após venderem as suas terras para as empresas de celulose. Isso inchou as cidades e no sul os dados apontam a relação entre a violência e a mudança de ambiente dessas pessoas”, alerta o vereador. As duas maiores produtoras de celulose do mundo estão no sul da Bahia, Fibria e Veracel. A informação é de Silvanio Oliveira, presidente do Sindicato dos trabalhadores na silvicultura, no plantio, nos tratos culturais, extração e beneficiamento da madeira em atividades florestais e indústrias moveleiras no extremo sul da Bahia (Sintrexbem). Ele denuncia a série de doenças provocadas pelas condições de trabalho. “Cada trabalhador do viveiro lida com quatro mil mudas por dia e faz cinco movimentos com as mãos. Ou seja, 20 mil movimentos por dia. Danos para ombros, braços e punhos. Para aplicar herbicida carregam bombas com o produto nas costas embaixo do sol. Problemas de intoxicação e coluna. E o INSS não reconhece as doenças provocadas por agrotóxicos”, afirma Silvanio.

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