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Pichações e rabisco com as siglas das facções criminosas 04 de maio de 2014 | 10:15

Porto Seguro: Facções disputam territórios com violência

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Nas fotos dos turistas que passam por Porto Seguro, Extremo Sul da Bahia, o que geralmente aparece são as praias e as festas que fazem da cidade — junto com seus distritos — o segundo destino mais procurado por quem visita o estado, atrás somente de Salvador. No entanto, Porto Seguro está cheia de outras marcas, espalhadas por paredes e muros. São pichações e rabiscos com siglas das facções criminosas Campinho (CP) e Mercado do Povo Atitude (MPA), que disputam espaço na base da violência. “Rapaz, aqui os bandidos às vezes dão um tempo. Mas quando um acha de matar o outro, não tem quem segure. É morte demais”, resume um morador do Complexo do Baianão, que abrange uma série de bairros populares, foi berço da facção MPA e conta desde 2013 com uma Base Comunitária de Segurança da Polícia Militar. No Baianão, estão por toda parte as pichações da MPA, que, segundo a polícia, tem ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista que já atua em outros estados, fornecendo armas e drogas. As marcações territoriais são tão comuns que podem ser encontradas até num “passeio” com a ferramenta Google Street View, que possibilita visões em 360° de boa parte das ruas do complexo. As siglas da rival Campinho, por sua vez, são vistas facilmente pela principais vias de Porto Seguro e até mesmo no acesso à praia de Arraial d’Ajuda, perto da balsa que leva à localidade. Leia mais no Correio.

Victor Uchôa, Correio*
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