22 de junho de 2014 | 12:00

Rompimento de tubulação no Uruguai abre cratera que atinge e inunda casas

salvador

Se em vez de pular a fogueira, nesse São João, você tivesse que pular uma cratera, o que acharia? Os moradores da Rua Elias Kalile, no bairro do Uruguai, não estão gostando nem um pouco. Um buraco com cerca de quatro metros de comprimento, que toma toda a largura da rua, vem causando transtornos e prejuízos para alguns residentes do bairro desde a sexta-feira, quando abriu, depois do rompimento de uma tubulação. A força da água acabou abrindo uma cratera na frente da casa de dona Aparecida Costa da Silva, 44 anos, engolindo parte da garagem da residência. “A água invadiu minha casa e saiu levando tudo. Meu rack inchou e era tudo lama. Molhou até a minha máquina de lavar que eu nem sei se vai voltar a funcionar. Só não perdi mais coisas porque os vizinhos me ajudaram, subiram as coisas e colocaram blocos embaixo”, contou. Segundo ela, o acidente poderia ter se transformado em um desastre. “Um encarregado da Embasa me falou que se tivesse atingido um tubo maior essa casa ia ceder”, falou. Na manhã de ontem, dois funcionários da Hydrosistem Engenharia, que presta serviços para a Embasa, estavam no local fazendo reparos na tubulação. “Ontem, ligamos várias vezes para a Embasa e eles levaram três horas para chegar aqui. Quando fecharam a água, já era 0h30. Só retornaram hoje de manhã, às 8h30”, disparou outro morador da rua, o agente de trânsito Joilson Couto, 48 anos. Em nota, a Embasa informou que o serviço de reparo da rede de distribuição de água da Rua Elias Kalile seria concluído ontem, e que o dano era resultado de uma ação da Sucop. Segundo a estatal, a linha atingida era de reforço e não afetou o fornecimento de água na Cidade Baixa.
Já o engenheiro da Sucop Átila Carvalho negou que o rompimento das tubulações tenha sido provocado por funcionário da superintendência. Segundo ele, na noite de sexta-feira, a equipe da Sucop fez um serviço de suga de material, que é uma limpeza de bueiros, concluído normalmente sem causar nenhum acidente.

Monique Lôbo, Correio*
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