11 de setembro de 2014 | 06:45

Com estratégia militar contra EI, Obama busca votos para eleições legislativas

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O plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na noite dessa quarta-feira (10), além do objetivo de “aniquilar” a milícia extremista mulçumana, autodenominada Estado Islâmico (EI), busca responder às críticas internas que recaem sobre a política externa de seu governo. O momento escolhido – dois meses antes das eleições legislativas e após a decapitação dos jornalistas americanos pelo grupo – mostra, na opinião de analistas, que Obama tenta manter o apoio do eleitorado e unir republicanos e democratas, em nome de uma causa comum. Em entrevista à Agência Brasil, o historiador americano Daniel Pipes, especialista em Oriente Médio, disse que a política externa é uma das principais fraquezas da administração de Obama, sobretudo a resposta dele aos conflitos do mundo árabe. Segundo Pipes, o EI faz parte de um fracasso maior, que transcende a gestão de Obama. “Mesmo assim, ele é o presidente agora e tem dois meses [até as eleições] para agir em favor dos democratas e não perder apoio no Senado”, avaliou o historiador, diretor do Fórum sobre Oriente Médio, que reúne pesquisadores sobre o tema. Pesquisas de opinião divulgadas por jornais norte-americanos ao longo desta semana revelam que seis em cada dez americanos apoiariam uma ação militar contra o EI. O Wall Street Journal divulgou ontem (10) levantamento, mostrando que 61% da população do país veem a possibilidade de intervenção contra a milícia como uma ação de “interesse nacional”. Outros jornais locais chegaram a publicar que mais de 75% da população são favoráveis à medida. Leia mais na Agência Brasil.

Leandra Felipe, Agência Brasil
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