22 de setembro de 2014 | 12:05

Estudantes de Hong Kong pedem democracia

mundo

Milhares de estudantes universitários de Hong Kong boicotaram as aulas nesta segunda-feira para protestar contra a decisão de Pequim de restringir as reformas eleitorais. Trata-se do início de uma semana de greve que marca a mais recente fase da luta pela democracia na cidade chinesa. A greve acontece no momento em que dezenas de magnatas e líderes empresariais de Hong Kong fazem uma rara visita a Pequim para encontrarem-se com líderes comunistas chineses que, por sua vez, querem reforçar seu apoio às elites bilionárias da cidade semiautônoma chinesa. As organizações estudantis ficaram consternadas com a decisão de Pequim, anunciada em agosto, de descartar a nomeação aberta para candidatos sob as diretrizes propostas para as primeiras eleições para a liderança de Hong Kong, prometidas para 2017. O descontentamento a respeito das reformas democráticas é especialmente grande entre os jovens de Hong Kong, que se preocupam com suas perspectivas, em meio à crescente desigualdade que, segundo eles, é de responsabilidade dos magnatas bilionários, cujas empresas controlam grande parte da economia e têm apoio de Pequim. O Congresso do Povo da China, o Legislativo do país, afirma que os candidatos à eleição poderão ser vetados por um comitê. Muitos os magnatas que visitam Pequim são parte de um organismo semelhante que seleciona os líderes de Hong Kong.

Agência Estado
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