Foto: Ag. Senado
O governador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT) 21 de outubro de 2014 | 19:00

Dias nega que Nordeste votou em Dilma por Bolsa Família

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O governador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT), rebateu as críticas de que o Nordeste deu uma ampla vitória para a presidente Dilma Rousseff no primeiro turno apenas em razão do Bolsa Família. Dilma teve na região 15,4 milhões de votos, seguido pela candidata do PSB, Marina Silva, com quase 6 milhões, e Aécio, com aproximadamente, 3,9 milhões. “Quem pensa que o Nordeste votou na Dilma e no Lula só por conta do Bolsa Família, se engana, é preconceito. Como, aliás, disse o ex-presidente Fernando Henrique, é pobre, é analfabeto, quem vota em Dilma. Vota em Dilma quem quer um Brasil melhor”, afirmou ele, em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O petista aposta que, no segundo turno, Dilma terá uma vantagem ainda maior no Nordeste e em especial em Pernambuco, único dos nove Estados da região onde o primeiro turno foi vencido por um adversário, a candidata do PSB, Marina Silva. Questionado se ocorreria um “retrocesso” com uma eventual vitória do PSDB, Wellington Dias disse que “não se trata de uma afirmação, foi o que aconteceu”. “O centro dos dois projetos que estão sendo debatidos é que um, encabeçado pelo PSDB, pensa o Brasil para os poucos”, afirmou. Wellington Dias disse que a geração que tem mais de 25 anos sabe o “significado para o Brasil e em especial para o Nordeste” de um governo do PSDB porque viveram na época do governo Fernando Henrique Cardoso. “Tínhamos salários congelados, políticas de demissões, política de fechamento de agencias bancárias, leilões de habitação, quase não tinha apoio ao pequeno agricultor, conflito no campo, havia uma verdadeira guerrilha no campo, fome e miséria”, enumerou, tentando colar FHC ao atual candidato do partido Aécio Neves. Para o petista, desde 2006 o PT tem sido alvo de uma campanha de ódio e que, no atual pleito, Aécio Neves tem centrado seus ataques nessa linha. Ele citou o exemplo na atual campanha com o uso, pelos adversários, de declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, “que foi preso pelo governo da presidenta Dilma”. “A presidenta Dilma, que é uma mãe, uma avó, foi desrespeitada e caluniada e, em um dado momento, reagiu.”

Nivaldo Souza e Ricardo Brito, Agência Estado
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