08 de novembro de 2014 | 12:45

Colonizados por brancos, argentinos recuperam ascendência negra

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No censo de 2010, apenas 150 mil argentinos – menos de 0,5% da população de 41 milhões – se identificaram como negros. Ainda assim, nos últimos anos, o país está recuperando suas raízes africanas. Neste sábado (8), a Argentina comemora o Dia Nacional do Afro-Argentino, graças a uma lei aprovada em 2013. “Escolhemos essa data em homenagem a Maria Remédios del Valle – uma heroína na guerra da independência, que trabalhou como enfermeira e lutou como militar”, diz Sara Chaves, afro-uruguaia que vive em Buenos Aires e pertence ao Movimento Afro Cultural argentino. “Ela ganhou o título de Capitã e Mãe da Pátria, mas morreu na miséria no dia 8 de novembro”. A cantora Laura Omega sempre soube de suas raízes africanas e que sua bisavó foi escrava. “Minha família mantém viva a cultura negra, mas aqui a história dos negros é ignorada”, disse. “Parece que não existem negros na Argentina, porque muitos se misturaram aos brancos, para clarear a pele e não sofrer discriminação. Mas não é verdade que nossos antepassados baixaram todos dos navios de imigrantes, muitos vieram nos navios negreiros.” Leia mais na Agência Brasil.

Monica Yanakiew, Agência Brasil
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