Investimentos no Porto de Aratu e Camaçari podem ser barrados

Investimentos da ordem de R$ 500 milhões para expansão do Porto de Aratu e os planos de crescimento do Polo Industrial de Camaçari correm sérios riscos de virar pó na próxima semana. Depois de amanhã, a Assembleia Legislativa deve votar um projeto de lei de autoria do governo do estado que, se for aprovado, afetará diretamente os projetos considerados cruciais para o desenvolvimento da cadeia produtiva na Bahia. Enviada pelo Executivo no último dia 12, a proposta estabelece o Plano de Diretrizes Industriais, Logísticas e de Sustentabilidade do CIA e do Canal de Cotegipe e transforma em Zona de Interesse Ambiental e Recreativo (Ziar) uma localidade conhecida como Prainha. Parte integrada à área de influência do porto, a Prainha é o único espaço possível para receber o aporte de meio bilhão de reais, voltados a ampliar a infraestrutura portuária de Aratu, atualmente um dos principais entraves à economia baiana. O projeto de lei também omite um detalhe importante sobre a Prainha. Como está situada em um trecho isolado da região, cujo acesso hoje só é possível pelo mar, e com alta movimentação de navios de carga e forte atividade industrial, a área não tem nem a segurança nem a configuração adequadas para lazer. Ou seja, além de criar um espaço de recreação fadado à inutilidade, a proposta pode afugentar investimentos que dependem da expansão do porto e estrangular o Polo de Camaçari, parte considerável do PIB baiano.