Tinoco critica final do governo Wagner e lamenta falta de planejamento para execução orçamentária

O vereador Claudio Tinoco (DEM), em pronunciamento na Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta terça-feira (2), criticou as medidas anunciadas pelo governador Jaques Wagner após as eleições para tentar fechar as contas do governo e a fragilidade de sua gestão em executar o orçamento previsto para este ano. “Infelizmente, os servidores que já haviam programado viajar, descansar ou ter uma renda maior nesse final de ano, tiveram suas férias programadas para dezembro anuladas pelo governador como um corte necessário para tentar fechar as contas”. Segundo o democrata, o balanço financeiro do Estado apontou, já em novembro, outra fragilidade da gestão Wagner, que conseguiu executar apenas 66,33% do orçamento deste exercício. Áreas importantes ficaram bem abaixo desse percentual, com um investimento pífio em setores fundamentais do Estado, como as secretarias de Agricultura (65%), Indústria e Comércio (56%), Infraestrutura (57%), Turismo (47%) e Desenvolvimento Urbano (25%), inclusive em Salvador, onde várias obras estão paralisadas ou atrasadas, como a Feira de São Joaquim, Baixa dos Sapateiros, Mirante do Bonfim, Pedra Furada e Ladeira do Pilar. “Não sei se esse arroxo na execução orçamentária vai livrar o governador de descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e ter suas contas reprovadas pelo TCE”, disse Tinoco. O presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização na CMS ressaltou ainda que “após as eleições, o governador saiu de férias, vem tentando um cargo em Brasília e aprovou sua aposentadoria vitalícia. Esqueceu de governar? Os baianos merecem mais atenção”. Ainda durante discurso no plenário da Câmara, Tinoco chamou atenção pelo não cumprimento das metas propostas por Wagner em carta apresentada na campanha à reeleição em 2010. “Houve uma queda significativa da matrícula no Ensino Médio e as universidades tiveram a redução no investimento no Ensino Superior. Ora, não há atestado melhor da incapacidade e desperdício produzido pela gestão Wagner. Sinceramente, não era o fim de governo que os baianos mereciam. Fica a nossa expectativa para que o novo governador corrija os erros e coloque a Bahia no patamar que merecemos”.