28 de janeiro de 2015 | 09:15

Grupo líbio afiliado ao Estado Islâmico assume ataque a hotel em Trípoli

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Um grupo líbio afiliado ao extremista Estado Islâmico assumiu nesta quarta-feira a responsabilidade por um ataque a um hotel de luxo em Trípoli que resultou na morte de dez pessoas, dentre elas um norte-americano e quatro europeus. O grupo chamado “Estado Islâmico na Província de Trípoli” disse ter lançado o ataque na terça-feira para vingar a morte de Abu Anas al-Libi, que foi indiciado por um tribunal federal dos Estados Unidos por sua suposta participação em ataques a embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998. Al-Libi foi capturado numa rua de Trípoli por forças especiais norte-americanas em 2013 e no início deste mês, sob custódia dos Estados Unidos, em razão de complicações de uma cirurgia no fígado. O grupo identificou os homens que realizaram o ataque como Abu Ibrahim al-Tunsi e Abu Suleiman al-Sudani, nomes de guerra que sugerem que se tratava de um tunisiano e um sudanês. A reivindicação da autoria era datada de terça-feira, embora tenha sido colocada em fóruns jihadistas nesta quarta-feira. “A operação não é a última nas terras de Trípoli…deixe os inimigos de Deus, os cruzados e seus aliados esperarem o que vai atingi-los”, diz a mensagem. O grupo afiliado já havia assumido a responsabilidade por um ataque recente contra a embaixada da Argélia, que deixou três seguranças feridos. Anteriormente, eles já haviam postado fotografias de seus homens visitando mercados e distribuindo panfletos. As postagens desta quarta-feira se equiparam a mensagens anteriores divulgadas pelo grupo. O ataque de terça-feira teve como alvo o hotel Corinthia que, além dos estrangeiros, deixou cinco seguranças mortos. Os dois participantes do ataque também morreram.

Agência Brasil
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