07 de janeiro de 2015 | 17:50

Líderes muçulmanos condenam ataque a revista em Paris

mundo

Líderes muçulmanos condenaram o ataque contra a redação de uma revista satírica francesa, mas, ao mesmo tempo, alertaram que o crescimento do sentimento anti-islâmico na Europa aumentou o apoio aos jihadistas de todo o continente. Nas capitais de nações muçulmanas, ministros manifestaram no rádio solidariedade com a França depois que homens armados mataram 12 pessoas em um ataque na sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, publicação conhecida por suas charges sobre o Islã. Na Europa, líderes muçulmanos condenaram o ataque e fizeram pedidos por tolerância. Algumas mesquitas reforçaram a segurança para se protegerem contra possíveis ataques de represália. Organizações islâmicas condenaram o ataque na internet e usaram a hashtag #CharlieHebdo para expressar solidariedade. No Cairo, o ministro de Relações Exteriores, Sameh Shoukry, disse que o Egito “está do lado da França” na luta contra o terrorismo, que ameaça a segurança e a estabilidade global. A mensagem foi ecoada por declarações semelhantes dos governos da Arábia Saudita, Tunísia e Iraque, onde as autoridades travam uma guerra contra o grupo extremista Estado Islâmico, na coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, condenou os ataques, mas também alertou que sentimentos anti-islâmicos na Europa estavam ajudando a alimentar o terrorismo. “Precisamos combater tanto islamofobia quanto o terrorismo. Nós destacamos os perigos do aumento do racismo, discriminação e islamofobia na Europa. Este estão diretamente ligados ao terrorismo”, disse Cavusoglu.

Estadao Conteúdo/Dow Jones Newswires
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