24 de fevereiro de 2015 | 11:30

Militantes do Estado Islâmico sequestram dezenas de cristãos na Síria

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Militantes do grupo Estado Islâmico sequestraram pelo menos 70 cristãos, dentre eles mulheres e crianças, após invadirem uma série de vilas no nordeste da Síria, informaram parentes das vítimas e ativistas. Os integrantes do grupo extremista sunita, que seguem uma interpretação radical do Islã, costumam atacar minorias religiosas e étnicas na Síria e no Iraque, desta que passaram a controlar grandes partes dos territórios dos dois países. Os combatentes do Estado Islâmico saquearam igrejas, demoliram tempos xiitas e sunitas e escravizaram mulheres da comunidade yazidi, uma pequena seita que os militantes consideram herética. O mais recente ataque teve início na madrugada de segunda-feira, quando os militantes invadiram vilas localizadas ao longo das margens do rio Khabur, perto da cidade de Tal Tamr, na província de Hassakeh. A área é predominantemente habitada por assírios, um grupo cristão cujas raízes chegam aos antigos mesopotâmicos. Durante os ataques, os militantes levaram entre 70 e 100 assírios, disse Nuri Kino, diretor do grupo ativista A Demand For Action, que tentar garantir a segurança de minorias religiosas do Oriente Médio. Ele disse que cerca de 3 mil pessoas conseguiram escapar da morte e buscaram refúgio nas cidades de Hassakeh e Qamishli. Kino disse que sua organização tem como base informações obtidas em conversas com moradores das vilas, que fugiram do ataque, e seus parentes. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, também relatou os sequestros, mas disse que os militantes levaram 90 pessoas. O Observatório coleta suas informações com ativistas que ainda estão em território sírio.

Agência Estado
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