23 de fevereiro de 2015 | 13:01

Ucrânia adia retirada de armamento pesado por causa de ataques de rebeldes

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A Ucrânia adiou nesta segunda-feira a retirada de armamento pesado da linha de frente de combate com rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano. A justificativa para a prorrogação são o contínuos ataques dos rebeldes separatistas. Pelo acordo de paz assinado em 12 de fevereiro, os dois lados têm de recuar seu armamento pesado de 25 quilômetros a 70 quilômetros para a criação de uma zona tampão. No domingo, autoridades ucranianas disseram que planejavam iniciar a retirada dos armamentos. Mas o porta-voz militar tenente-coronel Anatoliy Stelmakh disse aos jornalistas que a retirada não começaria até que os ataques rebeldes fossem totalmente encerrados, como prevê o cessar-fogo que deveria ter entrado em vigor no dia 15 de fevereiro. Stelmakh afirmou que houve dois ataques de artilharia rebelde durante a noite e que, embora isso represente uma queda na comparação com os últimos dias, “enquanto os disparos contra as posições militares ucranianas continuarem, não é possível falar sobre uma retirada”. O coronel Valentyn Fedichev, vice-comandante de operações militares contra os rebeldes, disse que aconteceram 27 ataques contra forças ucranianas nas últimas 24 horas, o que, segundo ele foi uma quantidade menor dos que nos últimos dias, embora tenha indicado que a retirada do armamento pesado não seja iminente. “Se os inimigos continuarem a usar suas próprias armas pesadas, é claro que a Ucrânia vai continuar a neutralizar essas operações”, disse ele.

Agência Estado
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