06 de fevereiro de 2015 | 06:35

Xanana Gusmão renuncia e diz que deixar o cargo tornou-se obrigação moral

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O primeiro-ministro timorense, que pediu demissão do cargo, disse hoje (6) à Agência Lusa que sua saída tornou-se “obrigação moral e política” e que a decisão pretende abrir caminho à nova geração. “Ou agora ou nunca mais e ficava a nova geração demasiadamente dependente”, afirmou Gusmão depois de participar de um debate político em Díli sobre transição política e liderança. Ele afirmou à Lusa que prefere o termo “deixar” o cargo de primeiro-ministro do que “abandonar, que tem um significado muito pejorativo”, considerando que o momento é histórico não por sua causa, mas pelo que representa em termos de transição de uma geração. “Histórico, talvez por se considerar que não é normal, mas eu penso que todos compreendem que a decisão foi pensada e refletida com muita profundidade”, acrescentou. “Eu acredito que vai trazer muitos benefícios. A médio prazo,as pessoas vão pensar que foi a melhor decisão”. À pergunta se vai continuar no governo, Xanana Gusmão respondeu que isso “depende do novo primeiro-ministro”, recusando-se a confirmar, como presidente do maior partido do país, o Congresso Nacional da Resistência Timorense (CNRT), quem vai indicar ao presidente da República. “O presidente depois vai ver”, disse. Sobre o receio de alguns setores da sociedade timorense, de que a sua saída possa causar instabilidade, o primeiro-ministro demissionário manifestou-se otimista de que isso não vai ocorrer. Leia mais na Agência Brasil.

Agência Brasil
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