06 de março de 2015 | 18:45

Em vídeo divulgado pela polícia, terrorista diz que queria levar medo ao Canadá

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A polícia canadense divulgou hoje (6) o vídeo em que Michael Zehaf-Bibeau explica que invadiu o Parlamento Nacional, em Ottawa, capital do Canadá, em 22 de outubro do ano passado em retaliação pelo Afeganistão e pelo Canadá querer enviar tropas para o Iraque. O comissário da Guarda Montada Real do Canadá, Bob Paulson, apresentou o vídeo por volta das 11h (horário local) enquanto atualizava o Comitê de Segurança Pública da Câmara dos Comuns sobre as investigações do crime. Após o ataque, Zehaf-Bibeau fugiu para o interior do Parlamento, onde foi morto. No vídeo, o canadense de 32 anos, convertido ao radicalismo islâmico, declara que queria atingir apenas alguns soldados para mostrar que os canadenses não estão seguros em seu país. “O Canadá não deveria ter se tornado oficialmente um de nossos inimigos, amedrontando e bombardeando-nos, ameaçando-nos e criando terror e matando-nos em nosso país e matando nossos inocentes”. A gravação tem menos de um minuto. Zehaf-Bibeau condena os canadenses por terem “se esquecido de Deus” e permitido “todo tipo de indecência”. No fim, evoca Alá, e diz: “nós não vamos parar até vocês decidirem ser um país pacífico, ficarem em seu próprio país e parar de ir a outros países e matar pessoas corretas como nós”. O vídeo foi gravado no próprio carro de Zehaf-Bibeau, próximo ao Memorial da Guerra do Canadá, nas imediações do Parlamento, pouco minutos antes de ele matar o militar que fazia a guarda do monumento. Nas imagens ele aparece lúcido. Segundo o representante da Polícia Nacional do Canadá, o vídeo não foi divulgado antes para não atrapalhar as investigações. Mas, mesmo na exposição de hoje, o vídeo teve 18 segundos de imagens retiradas, consideradas importantes para as buscas policiais. Outra preocupação das autoridades era a de que o vídeo servisse como uma incitação à radicalização, ao recrutamento e ao financiamento de atividades ligadas ao terrorismo. O país está preocupado com jovens que têm deixado o país para combater pela jihad islâmica. Leia mais na Agência Brasil.

Iara Falcão, Agência Brasil
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