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31 de março de 2015 | 08:35

Governistas dizem que oposição não pode agir de forma golpista

bahia

As declarações do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), concedidas em entrevista exclusiva à Tribuna da Bahia, repercutiram de forma negativa entre petistas e apoiadores da presidente Dilma Rousseff (PT). Para o deputado estadual Zé Neto (PT) e o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, a oposição tem feito declarações com cunho de golpismo e ao falar de corrupção, esquece do tempo em que esteve no poder, quando mandava “a sujeira para debaixo do tapete”. Na entrevista, Imbassahy afirma veementemente que a presidente perdeu a autonomia e que o País está sendo comandado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).  Petista de longa data, que se licenciou de uma vaga no Congresso Nacional para conduzir as articulações do governo de Rui Costa, o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, disse que a oposição no Brasil deveria tomar cuidado com as declarações que tem feito, cuja posição tem tido um viés claramente golpista. “Imbassahy e a oposição tem que tomar cuidados com esse viés golpista. No campo da política, o deputado tem toda legitimidade e foi eleito para fazer a oposição. Mas não oposição à democracia. Ele tem que fazer é oposição ao governo”, disparou Josias. Segundo o secretário, Imbassahy se engana ao achar que, com declarações como as que fez, estará abalando o governo do PT e da presidente Dilma Rousseff. Para Josias, tais declarações raivosas são prejudiciais para a democracia e o poder político da nação. “Se com estas falas ele acha que está enfraquecendo a presidente da República, ele está enganado. Ele enfraquece o poder político da nação, a soberania das discussões. Ele está fortalecendo nas pessoas essa visão golpista. O jogo democrático estabelece regras que, ao fugirmos dela, temos graves consequências. E a história já mostrou isso com a ditadura militar, o golpe de 64”, destacou o secretário. Já o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), alfineta: “Nem Imbassahy, nem o partido dele tem autoridade para falar em dificuldades por conta da corrupção e qualquer outra mazela que estejamos enfrentando. Ao contrário, o partido dele chegou aonde chegou e nunca fez nada para combater a corrupção. O problema agora é visível, porque grande ele sempre foi. No período de Imbassahy, tudo era feito por debaixo do pano. A Polícia Federal tinha o rabo preso, era polícia de governo, meramente de governo, não tinha autonomia e independência. Essa política de oposição fica atrás de disse me disse”.

Hieros Vasconcelos Rego, Tribuna da Bahia
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