Foto: Agência Brasil
13 de março de 2015 | 12:30

Itabuna e dez cidades baianas estão em risco de epidemia de dengue

bahia

A Bahia tem 11 cidades com risco de epidemia de dengue, de acordo com o Ministério da Saúde. O órgão divulgou ontem os novos índices do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que analisou os meses de janeiro e fevereiro deste ano. Além disso, outros 32 municípios baianos — incluindo Salvador e Feira de Santana — estão em estado de alerta. O LIRAa é calculado a partir da porcentagem de casas visitadas com larvas do mosquito. O dado orienta as ações de prefeituras e secretarias no controle da dengue — e, mais recentemente, da chikungunya, cujo vírus também é transmitido pelo Aedes Aegypti. Estão em situação de risco as cidades que têm mais do que 3,9% dos imóveis pesquisados com larvas de Aedes aegypti. Já os que estão em situação de alerta têm resultados que vão de 1% até 3,9%. A pior situação foi de Itabuna, Sul do estado, com índice de 17,8%. Mas, de acordo com o coordenador de endemias da Secretaria de Saúde da cidade, Renato Freitas, o resultado ruim já era esperado. Em 2013, o LIRAa foi de 27,3%. “O grande problema é que boa parte da população é obrigada a guardar água — 87% dos focos estão em tanques e caixas d’água”. Ainda assim, no ano passado, o índice foi reduzido a 11,6%, segundo o coordenador. Já em Salvador, que recebeu a classificação de “alerta”, o LIRAa passou de 1,4% em outubro do ano passado para 2,2% este ano — um aumento de quase 60% em três meses. No entanto, o índice também não foi uma surpresa para a coordenadora do programa de combate à dengue da Secretaria Municipal de Saúde, Isabel Guimarães. Isso porque os maiores índices do LIRAa em Salvador são sempre registrados entre janeiro e março. “Historicamente, são os mais elevados por conta do aumento da temperatura e das chuvas intermitentes”.

Correio*
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