Assembleia tende a pressionar Rui Costa por suplementação

Aprovado no último dia 31 de março, o reajuste de verba de gabinete dos 63 deputados da Assembleia Legislativa da Bahia entrou em vigor na última quarta-feira (01), com a publicação no Diário Oficial do Estado. Agora, deputados devem se movimentar para conseguir custear o reajuste de 18% – que resultou no aumento da verba de R$ 78 mil para R$ 92 mil mensais -, uma vez que o parlamento baiano não contará com a suplementação no orçamento pelo governo do Estado, no valor de R$ 440 milhões. Embora o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), tenha conhecimento de que o governador Rui Costa não poderá conceder verba suplementar, tendo em vista a queda na arrecadação nos últimos três meses, a expectativa é que haja uma melhora no quadro até agosto. O parlamentar previu que, se até lá não ocorrer a suplementação, o reajuste que entrou em vigor no dia 1º de abril deverá ser revogado. “Dei o aumento, e aguardo uma arrecadação melhor. O governo tem dificuldades e já deixou isso claro. Enquanto isso, vamos tentar fazer economia com relação aos nossos próprios bolsos. Enxugamentos serão feitos. O que eu não quero é acirrar este conflito”, diz. O conflito ao qual ele se refere é a possibilidade de deputados tanto da minoria quanto da maioria começarem a pressionar o governador pela suplementação. Nos bastidores da Assembleia, circula a informação de que o governador poderá enfrentar dificuldades para aprovar matérias de seu interesse caso a suplementação não ocorra. Questionado, Nilo descarta essa possibilidade. “Isso não existe. Não terá dificuldade nenhuma para aprovar matéria na Casa. Os deputados não deixarão de votar. Se a suplementação não ocorrer, e não tivermos condição de dar continuidade ao reajuste, iremos revogar e voltar ao valor de R$ 78 mil. Fiz esse acordo em tom de cavalheirismo com os pares”, frisa. Leia mais no Tribuna da Bahia.