Foto: Reprodução
07 de abril de 2015 | 16:45

Justiça investigará movimentação financeira do Hospital Espanhol

bahia

O Fórum Independente de Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol – Fisache – ingressa nesta quinta-feira (09), com representação junto ao Ministério Público da Bahia, para esclarecimentos sobre contratos e licitações da atual diretoria. Ontem,  a justiça, através da 15ª Vara Cível, já concedeu liminar ao Fórum para acesso a documentos comprobatórios de transações financeiras. “A diretoria vinha se negando a apresentar as documentações solicitadas. Fomos obrigados a recorrer judicialmente e obtivemos êxito”, explica Mirian Oitaven Boullosa, coordenadora do Fórum. Na semana passada, o governo do estado deu prazo de 30 dias para a empresa PricewaterhouseCoopers (PwC) definir o que será feito com o Hospital Espanhol. A PwC não conseguiu prorrogar o prazo do negócio que gira em torno de R$ 300 milhões, com uma dívida reconhecida de R$ 290 milhões. “Já tem seis meses nesta negociação. O estado, na condição de credor, terá que intervir com um plano B caso não seja resolvido no prazo estabelecido. Mas, adianto que o governo não tem interesse em assumir”, esclareceu o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, em reportagem do site Bahia Notícias. A decisão reacendeu a esperança dos mais de quatro mil associados e dependentes da instituição, que ficaram sem atendimento com a desativação da unidade. O Fisache, desde então, tomou a frente do grupo em defesa dos direitos garantidos pela posse dos títulos. Fechada desde setembro do ano passado, o HE tornou-se, através de um decreto do governador Jaques Wagner, “entidade de utilidade pública para fins de desapropriação”. Com 129 anos de atividade, o fechamento do prédio representa a perda de 280 leitos, além de unidades cirúrgicas e atendimentos de emergência desativados. “A realidade é que o Hospital Espanhol deixou de ser protagonista no cuidado da saúde da população baiana, para ser um paciente em estado terminal, sucumbindo diariamente”, conclui Alberto Lorenzo, coordenador do Fisache.

Comentários