5 maio 2024
Os laudos cadavéricos realizados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) nos 12 corpos baleados em uma operação das Rondas Especiais (Rondesp), na madrugada do dia 6 de fevereiro, na comunidade Vila Moisés, no Cabula, trazem indícios de execução na ação policial. As informações foram obtidas com exclusividade pelo CORREIO, a menos de uma semana de o caso completar dois meses.De acordo com as análises, parte dos disparos foi realizada de cima para baixo. Além disso, alguns mortos apresentam perfurações na palma da mão, braços e antebraços, sendo que apenas quatro baleados tinham vestígios de pólvora nas mãos. Os laudos também apontam que a maioria apresentava pelo menos cinco marcas de tiros — alguns deles disparados a curta distâncias, de menos de 1,5 metro.Em um dos casos, as perfurações em um dos suspeitos (segundo a polícia, o grupo planejava realizar um assalto, quando houve enfrentamento) indicam que o projétil entrou na base da cabeça e saiu pelo queixo. Além disso, em alguns casos, foram identificados tiros que atravessaram simultaneamente antebraços e braços e um dos baleados levou um tiro na palma da mão. Consultada, uma fonte ligada à investigação do caso afirmou que disparos desse tipo indicam que as vítimas foram mortas em posição de defesa e afirmou que há “sinais evidentes de execução”.O caso é investigado por meio de inquérito pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil, além de Inquérito Policial Militar (IPM) e procedimento investigatório do Ministério Público do Estado (MPE).
Correio*