Leilão da Ebal será concluído com lance mínimo de R$ 20 milhões

Apesar dos planos de vender a Ebal, o governador Rui Costa (PT) pode ter pouco a oferecer para possíveis interessados em adquirir a empresa pública que controla a Cesta do Povo. Na próxima quarta-feira, a Ebal conclui o leilão para se desfazer de mais quatro imóveis, com lance mínimo estimado em cerca de R$ 20 milhões. A lista é composta pela Central de Distribuição de Feira de Santana, a loja da rede situada no bairro de Fazenda Grande, em Salvador, e mais dois terrenos – um em Vitória da Conquista e outro em Juazeiro. Em março do ano passado, a empresa já havia se desfeito da área de sua antiga sede de praia, na orla de Jaguaribe. O governo não descarta novos leilões do patrimônio imobiliário da Ebal. O que reduz, pouco a pouco, as chances de achar um comprador disposto a assumir a rede de supermercados populares. Ao mesmo tempo, o novo leilão de imóveis da Ebal causou furdunço entre artistas, representantes da sociedade civil e políticos de Juazeiro. Motivo: o terreno que a empresa quer vender na cidade abriga o Centro Cultural João Gilberto. O temor é que o espaço seja fechado pelo novo proprietário, o que o governo nega.Contudo, as negativas não foram suficiente para acalmar os ânimos de artistas e produtores culturais de Juazeiro, que se reuniram ontem para avaliar a oferta de leilão feita pela Ebal. Como a proposta inclui todos os 11 mil metros quadrados do terreno, a desconfiança de que o espaço será fechado permanece.