02 de junho de 2015 | 09:47

Documento revela que Valcke sabia da propina paga a Warner, mas Fifa nega

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Jérôme Valcke, o secretário-geral da Fifa, sabia dos pagamentos de US$ 10 milhões (R$ 31,7 milhões) para cartolas no Caribe e foi a ele que uma carta foi direcionada para que a operação fosse realizada e o dinheiro do orçamento regular da Copa do Mundo de 2010 desviado.Na última segunda-feira, Valcke foi indicado por uma reportagem do The New York Times como a pessoa que, na Fifa, autorizou o pagamento de US$ 10 milhões (R$ 31,7 milhões) a Jack Warner, um ex-vice-presidente da entidade e o homem forte do futebol de Trinidad e Tobago. O dinheiro seria uma retribuição ao voto dele na África do Sul para ser a sede do Mundial de 2010 e faz parte do caso investigado pelo FBI. Em nota emitida na manhã desta terça-feira, a Fifa confirma que o pagamento existiu entre a África do Sul, que organizava o Mundial de 2010, e países caribenhos, como uma forma de apoiar a “diáspora africana” na região. A entidade nega que seja uma propina e diz se tratar de um programa de desenvolvimento. Em defesa de um de seus principais dirigentes, a Fifa declarou oficialmente que o dinheiro enviado para o Caribe e que é alvo de suspeitas de corrupção nos Estados Unidos foi autorizado pelo diretor do comitê financeiro à época, Julio Grondona, que morreu no ano passado. Jérôme Valcke, atual secretário-geral, também trabalhava na Fifa naquele momento. Mas, segundo a entidade, não foi ele quem assinou movimentação. Numa carta de 4 de março de 2008, porém, é para Valcke que o caso é dirigido. Trata-se de uma comunicação entre a Associação Sul-Africana de Futebol (Safa, na sigla em inglês) à Fifa, sugerindo que o dinheiro fosse colocado sob a administração de Warner.

Agência Estado
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