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18 de junho de 2015 | 11:31

Governo está preocupado com aparições públicas de João Leão

bahia

A temperatura subiu na quarta-feira (17) em uma reunião com deputados da bancada baiana que integram a base aliada ao Planalto na Câmara, voltada a discutir a distribuição de cargos em órgãos federais no estado. O clima subiu quando o chefe do Escritório de Representação do governo do estado em Brasília, Jonas Paulo, defendeu que as nomeações passem pelo crivo do governador Rui Costa (PT) e sejam costuradas antes com o secretário de Relações Institucionais do petista, Josias Gomes. Parlamentares do PP, PCdoB, PSD e até do PT reagiram imediatamente à sugestão. A maioria concordou em submeter as escolhas a Rui, mas rejeitou Gomes como principal interlocutor das negociações. Na ocasião, os governistas da Bahia condenaram a articulação política conduzida pelo secretário, a quem criticam por fechar as portas do Palácio de Ondina para suas demandas. Ao mesmo tempo, atacaram indicações de deputados que pertencem ao arco de alianças do PT no Congresso Nacional, mas fazem oposição no estado. Caso de Lúcio Vieira Lima (PMDB), que não estava presente. Com a tensão elevada, o encontro ficou restrito aos integrantes da bancada e emissários do governador. Diante da maré contrária enfrentada pelo vice-governador João Leão (PP) desde que foi arrastado pela Operação Lava Jato, profissionais que cuidam da imagem do governo andam cada vez mais preocupados com suas aparições públicas. Especialmente, quando ele representa Rui Costa em eventos oficiais ao ar livre. O receio ficou maior anteontem, quando o vice foi hostilizado em Barra, um de seus redutos eleitorais no Oeste. Para evitar novos constrangimentos, cogitam pedir a Leão que hiberne por um tempinho.

Jairo Costa Jr., Correio*
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