20 de junho de 2015 | 12:45

Milhares de pessoas protestam em Londres contra plano de austeridade

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Milhares de pessoas marcharam pelo centro de Londres neste sábado para protestar contra os programas de austeridade do governo britânico e os cortes de gastos públicos, no que promete ser a primeira manifestação de uma série planejada para ocorrer em todo o país. A marcha começou em clima festivo, com manifestantes munidos de cartazes, balões e banners e decididos a caminhar até o Parlamento. Sinais vermelhos explodiram quando chegaram ao Banco de Inglaterra, espalhando nuvens de fumaça pelas ruas estreitas e sinuosas do distrito financeiro da capital britânica. O evento teve como objeto mostrar indignação, ainda que de forma pacífica, com o plano do governo de cortar milhões de libras nos gastos públicos para resolver o déficit, que aumentou após o país resgatar seus bancos problemáticos durante a crise financeira de 2008. Ativistas sociais, líderes sindicais e grupos de campanha juntaram forças para protestar contra os cortes nos serviços públicos, na assistência social e na educação, que são esperados quando o governo revelar seu orçamento, no mês que vem. Os manifestantes argumentam que a população está sendo punida por uma crise que não provocou. “Estou farta de todos os principais partidos dizendo que vão promover a austeridade”, disse Lindsey German, uma alta funcionária da coalizão Pare a Guerra. “Eles fizeram os ricos mais ricos e os pobres mais pobres e vão continuar.” A cantora Charlotte Church ostentava um cartaz escrito “Pare a austeridade agora” e disse que se solidarizava com os outros que acreditavam que os cortes tinham ido longe demais. O comediante Russell Brand também estava entre os milhares de participantes. “Será o início de uma campanha de protestos, greves, ação direta e desobediência civil por todo o país”, disse Sam Fairbairn, da Assembleia do Povo, que está organizando as manifestações. “Não vamos descansar até que a austeridade seja história, nossos serviços estão de volta nas mãos do povo e as necessidades da maioria estão em primeiro lugar.”

Associated Press
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