Foto: Emerson Nunes
Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL), deputado Marcelo Nilo (PDT) 06 de junho de 2015 | 09:55

Nilo aguarda apenas uma brecha na lei para se desfiliar do PDT

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Entre os beneficiados com a possibilidade de debandada de partido com a janela que deve ser aberta com a reforma política está o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL), deputado Marcelo Nilo (PDT), que aguarda o desenrolar das discussões no Congresso Nacional para assinar a sua desfiliação do Partido Democrático Trabalhista. Nos últimos dias, o próprio Marcelo Nilo, ao ser convidado para o uso da palavra em evento do PT em Salvador, anunciou a saída da legenda. A decisão foi tomada após o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, garantir a Félix Mendonça Jr. a permanência na presidência do partido pelo menos até o final de novembro. Alguns pedetistas chegaram a afirmar que Nilo agiu no calor da emoção, devido ao desgaste que lhe rendeu na queda de braço com o deputado federal Félix Mendonça Jr. pela presidência do partido, mas, a decisão foi após reconhecer a derrota pela disputa do Diretório Estadual. Marcelo Nilo filiou-se ao PDT em 2009, após deixar o PSDB, partido que escolheu para dar início à sua vida pública, em 1990. “O PDT tomou novos rumos como o PSDB, e por isso tomarei também o meu”, justificou no discurso para uma plateia de petistas baianos, aliados do chefe do Legislativo desde que Jaques Wagner (PT) tomou posse pela primeira vez no cargo de governador da Bahia, em 2007. Pelas regras atuais, se eleito, o político deve permanecer na legenda até o final do mandato, salvo em casos como fusão partidária ou justa causa, como determina a lei eleitoral. Caso contrário, perde o mandato, já que, segundo a Justiça Eleitoral, o mandato pertence ao partido. Mas, o relatório da reforma política, que deve ser discutida na semana que vem, cria uma janela de 30 dias, após a promulgação da nova lei eleitoral, o que permite a deputados federais, estaduais e vereadores mudarem de partido sem que seus mandatos sejam questionados na Justiça Eleitoral.  Leia mais no Tribuna da Bahia.

David Mendes, Tribuna da Bahia
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