Foto: Mateus Pereira/GOV-BA
03 de julho de 2015 | 08:15

Cortejo do 2 de Julho vê um PT tímido em meio à crise

bahia

A militância do PT, que sempre demonstrou força em festas populares com alto teor político em Salvador, praticamente desapareceu do 2 de Julho deste ano. Bem diferente das edições anteriores, quando os petistas que integram a base do partido empunhavam bandeiras, camisetas vermelhas e estrelas no peito.Ontem, dava para contar nos dedos quem usava de maneira ostensiva algum símbolo da legenda. Sempre presente no cortejo, a ala própria do PT também não deu as caras no circuito Lapinha-Pelô. Até na comitiva do governo, com quem desfilavam lado a lado, os militantes tiveram participação tímida, quase restrita aos políticos.Ainda assim, a maioria deles trocou a identificação visual da sigla por camisas brancas ou estampadas em homenagem à festa, distribuídas pelo Palácio de Ondina. Sinal de que a Operação Lava Jato, o salto nos índices de rejeição da presidente Dilma Rousseff e do partido, as insatisfações com a política econômica do Planalto e a crise interna diluíram a participação espontânea dos companheiros.O 2 de Julho deste ano também teve uma menor participação de políticos. No cortejo da oposição, as ausências se deram em maior grau entre os deputados federais e foram justificadas pela votação da PEC da maioridade penal, que avançou pela madrugada e atrapalhou os planos de parlamentares ligados ao DEM e ao PSDB. Casos do democrata José Carlos Aleluia, do tucano Antonio Imbassahy e do peemedebista Lúcio Vieira Lima.

Jairo Costa Jr., Correio*
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