Foto: Emerson Nunes
06 de agosto de 2015 | 08:48

Marcelo Nilo pressiona e pode reduzir verba de gabinete

bahia

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL), deputado Marcelo Nilo (PDT), aguarda um parecer do setor financeiro da Casa sobre a necessidade de suplementação do Orçamento para este ano. Em abril último, o governador Rui Costa (PT) negou o aumento no repasse, alegando queda na arrecadação, aliada à crise financeira que sua gestão enfrentou no início do ano.Mesmo sem a garantia do aumento do orçamento, o chefe do Legislativo concedeu um reajuste de 18% das verbas de gabinete dos deputados estaduais, que passaram de R$ 78 mil para R$ 92 mil por mês. O aumento acrescentou ao orçamento mensal do Legislativo pouco mais de R$ 880 mil. Contados desde o início da vigência do reajuste, multiplicado pelos 63 parlamentares, o gasto nesses últimos cinco meses é de R$ 4,4 milhões, dinheiro que o próprio Marcelo Nilo informou que teria como arcar só até este mês. No ano, o reajuste da verba de gabinete, utilizada para pagar salários de assessores parlamentares, ultrapassa a cifra dos R$ 10,5 milhões.Uma das fórmulas financeiras utilizadas seria a transferência dos recursos destinados ao pagamento das bolsas de estudos canceladas este ano. Em 2014, o benefício de R$ 10 mil concedido a cada deputado, conforme o Ministério Público Estadual (MP-BA), custou ao orçamento da Casa R$ 6 milhões. Em anos anteriores, o valor distribuído com as bolsas chegou a R$ 7,5 milhões. Os benefícios foram cancelados após assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Assembleia Legislativa e o MP-BA, que apontou irregularidades em sua concessão.

Tribuna da Bahia
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