08 de agosto de 2015 | 11:00

Parlamentares temem rebelião na Assembleia e demissão de assessores

bahia

Paira na Assembleia Legislativa da Bahia a preocupação com a possibilidade de possíveis demissões em gabinetes e de uma rebelião caso o governador Rui Costa (PT) não faça a suplementação orçamentária este ano, depois que o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), aprovou o reajuste de 18% em março. Com as contas apertadas, o governador havia anunciado, na época, que talvez não pudesse conceder o suplemento. Agora, a Assembleia tem estudado diversas formas para evitar a redução da verba e, consequentemente, desgastes entre o governo do Estado e os parlamentares. A verba de gabinete passou de R$ 78 mil para R$ 92 mil. Procurado pela reportagem, o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, afirmou que não poderia falar no momento. Porém, o deputado Robinho (PP) já fala abertamente sobre a possibilidade de conflito. “O jeito é travar a pauta de votação até que liberem”, disse. Ele revelou, ainda, que a suplementação foi ponto de acordo para a votação do projeto que utiliza parcelas de depósitos judiciais e extrajudiciais para capitalização do Funprev e para pagamentos de precatórios e de requisições judiciais de pequeno valor. “Isso foi acordado. Parte desse valor viria para a suplementação da Assembleia e agora não vem mais?”, questionou o parlamentar ao Bocão News. Pelos corredores do Legislativo baiano, o clima é de apreensão, principalmente por parte de assessores. O deputado estadual Marcel Moraes (PV) admite que, caso a verba seja reduzida, terá que demitir pessoas em seu gabinete. “Não deixa de ser um desgaste, porque você faz um compromisso, bota pessoas para trabalhar. Vamos ter que escolher. Mas acredito que isso faça parte, não vejo nada tão grave. Acredito no bom senso do governador, muito embora ele já havia anunciado que as contas estavam apertadas e que talvez não fosse possível conceder a suplementação orçamentária”. Para o verde, tendo ou não a suplementação, não deverá ter celeumas entre os parlamentares e o governador Rui Costa. “Ele tirando ou não, não acho que causa celeuma. Da minha parte, vou continuar votando no que acho correto. O parlamento não deve misturar as coisas”, acrescentou. Leia mais na Tribuna.

Hieros Vasconcelos Rego, Tribuna
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